Tuesday, November 16, 2010

Carregando o Passado...

Um velho monge e um jovem monge estavam andando por uma estrada quando chegaram a um rio que corria veloz. O rio não era nem muito largo nem muito fundo, e os dois estavam prestes a atravessá-lo quando uma bela jovem, que esperava na margem, aproximou-se deles. A moça estava vestida com muita elegância, abanava o leque e piscava muito, sorrindo com olhos muito grandes.

- Oh - disse ela, a correnteza é tão forte, a água é tão fria, e a seda do meu quimono vai se estragar se eu o molhar. Será que vocês poderiam me carregar até o outro lado do rio?

E ela se insinuou sedutora para o lado do monge mais jovem.

O jovem monge não gostou do comportamento daquela moça mimada e despudorada. Achou que ela merecia uma lição. Além do mais, monges não devem se envolver com mulheres. Então ele a ignorou e atravessou o rio. Mas o monge mais velho deu de ombros, ergueu a moça e a carregou nas costas até o outro lado do rio. Depois os dois monges continuaram pela estrada.

Embora andassem em silêncio, o monge mais novo estava furioso. Achava que o companheiro tinha cometido um erro ao ceder aos caprichos daquela moça mimada. E, pior ainda, ao tocá-la tinha desobedecido as regras dos monges. O jovem reclamava e vociferava mentalmente, enquanto eles caminhavam subindo montanhas e atravessando campos. Finalmente, ele não agüentou. Aos gritos, começou a repreender o companheiro por ter atravessado o rio carregando a moça. Estava fora de si, com o rosto vermelho de tanta raiva.

- Ora, ora, - disse o velho monge. - Você ainda está carregando aquela mulher? Eu já a pus no chão há uma hora.

E, dando de ombros, continuou a caminhar.





- in http://www.conheceatimesmo.com/?tag=monge

Monday, May 24, 2010

Amigos

Escolho os meus amigos não pela pele ou por outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não me interessam os bons de espírito, nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero o meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e aguentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero-os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho os meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta.
Não quero só o ombro ou o colo, quero também a sua maior alegria.
Amigo que não ri connosco não sabe sofrer connosco.
Os meus amigos são todos assim: metade disparate, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade a sua fonte de
aprendizagem, mas que lutam para que a fantasia não desapareça.

Não quero amigos adultos, nem chatos.
Quero-os metade de infância e outra metade de velhice.
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto;
e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois vendo-os loucos e santos, tolos e sérios, crianças e velhos,
nunca me esquecerei de que a normalidade é uma ilusão imbecil e estéril.

- Oscar Wilde

Friday, May 21, 2010

Aguenta!

Vinha para o trabalho e tive um insight, algo óbvio, mas profundo:
"Quando achamos que temos tudo estável e que temos as respostas para todas as perguntas... vem alguém e troca-nos as perguntas, colocando-nos desafios que vêm com a missão testar os nossos Valores e abanar o nossos sistema. Quanto mais conscientes estamos de nós próprios, mais recursos temos para identificar essas pequenas discrepâncias e encontrar a solução, pois sabemos que ela se encontra em Nós! No entanto, temos de nos manter atentos a tudo o que nos rodeia, todas as experiências das pessoas que nos rodeiam, tudo o que nos dizem, pois num desabafo ou num comentário que fazem, pode estar a lanterna que vai iluminar essa resposta dentro de nós! Quanto mais evoluímos, maiores e mais fortes são esses abanões e desafios, pois 'os exames mais difíceis são propostos aos melhores alunos'.
Por vezes, esses momentos ou fases são acompanhadas de algum desespero, frustração, angústia e dor... pois normalmente essas lições de Vida são-nos trazidas por aqueles que mais nos Amam e que nós mais Amamos...
Nesses momentos, onde parece que não há por onde nos agarrarmos... temos a Força de palavras como estas:

I know you've been going through some things
The pain you hold inside's written on your face
I know you're 'bout tired of the rain
Well, baby, so am I, but I know things can change
Well, you can die, you can sigh, you can cry, to your midnight blue
But that's not you, no, no
Cause I know you're stronger
It's apparent to me so do you

If you just hold on
I swear everything'll be okay
I know you're nervous
I know, but baby, give it some time
Things will go your way, my love
If you just hold on
I swear everything'll be okay
I know that you're nervous
Baby, give it some time
Things will go your way


Friday, April 2, 2010

["...]
Existe um lixo emocional: ele é produzido nas fábricas do pensamento. São dores que já passaram e agora já não têm utilidade. São precauções que foram importantes no passado - mas que de nada sevem no presente.
O Guerreiro também possui as suas lembranças, mas consegue separar o que é útil do que é desnecessário: ele deita fora o seu lixo emocional.
Diz um companheiro: "Mas isto faz parte da minha história. Por que devo abandonar sentimentos que marcaram a minha existência?"

O Guerreiro sorri, mas não procura sentir coisas que já não sente.
Ele está a mudar - e quer que os seus sentimentos o acompanhem.
[..."]
- in Manual do Guerreiro da Luz, Paulo Coelho

Sunday, March 14, 2010

Tempestade Perfeita

Na última semana  de Fevereiro, passou por nós a “Tempestade Perfeita”! Que excelente notícia! A Tempestade Perfeita é uma espécie de sincronicidade de vários tipos de ocorrências naturais de grande escala, que se aglotinam num determinado ponto e momento e… limpam TUDO o que se lhes passa à frente… ou debaixo… ou de cima… ela vem de todos os lados: do Mar, do ar, da Terra, das nuvens, dos rios, das placas tectónicas… virtualmente de todos os tipos de fenómenos naturais possíveis num período de Tempo!


É duro! Claro que sim…! Mas dá, agora, a oportunidade de recomeçar algo ou iniciar um novo processo de construção. De raíz… Poder Sonhar!

Que melhor maneira poderia haver para a Tempestade Perfeita terminar, se não com uma magnífica Lua cheia, a tornar o Mar, agora tão mais sereno mas ainda poderoso… num espelho prateado que inunda os Corações de prazer e coragem! Que linda forma de Fevereiro se despedir de nós… uma Tempestade Perfeita para limpar as últimas energias de 2009… agora que se aproxima o equinócio da Primavera... numa perfeita Lua cheia sobre um Mar poderoso e de prata…


Melhor, só mesmo com um Março a receber-nos com o maior sorriso do mundo e num raio de Sol luminoso e radiante que nos brinda com um mágico arco-iris, cujo pote está em pleno Mar… que visto daquele 4º andar mais parecia ao alcance da mão… a formar-se lentamente diante de nós, como que a indicar uma nova jornada, com uma nova energia! Brilhante…


Se, entre estas duas bençãos, adicionarmos um momento tão intenso quanto breve… daqueles que permanecem e permanecerão no meu Coração para Sempre… um Sentir… um Olhar… um Tocar… Único… Eterno…


Isto, é Excelência! Apreciar os pequenos momentos Perfeitos que temos na Vida!
- NunoQ
in http://vincitiexcellentia.blogspot.com/

Monday, March 8, 2010

Projecções

Olhe bem para ela e veja que o homem e a mulher nela ilustrados têm uma imagem distorcida de si mesmos. Vamos reproduzir literalmente o que o autor escreveu sobre esta carta:


“Todos nós podemos cair na armadilha de projetar ‘filmes’ de nossa própria autoria sobre as situações e as pessoas à nossa volta. Isso acontece quando não estamos plenamente confiantes de nossas expectativas, desejos e julgamentos e de reconhecê-los como nossos, tentando atribuí-los aos outros. Uma projeção pode ser diabólica ou divina, perturbadora ou confortadora, mas continua sendo uma projeção – uma nuvem que nos impede de ver a realidade como ela é. O único modo de escapar disso é entender como funciona o jogo. Quando você der com um julgamento se formando a respeito de outra pessoa vire-se do avesso: aquilo que você está vendo no outro, na verdade, não pertence a você? A sua visão está límpida ou obstruída pelo que você quer ver?”



Que bela descrição da nossa própria cegueira a respeito de nós mesmos, não é verdade? Quantas vezes olhamos para quem está perto de nós e não percebemos que este alguém funciona como nosso espelho, refletindo exatamente aquilo que menos gostamos em nós.
No livro o autor diz que nossa mente é um projetor e o outro, a tela onde o nosso filme é projetado. Isso explica muito bem aqueles relacionamentos onde no início é tudo ouro sobre azul e, com o passar do tempo, o ódio, a raiva, a vingança e o desamor começam a surgir na relação transformando príncipes e princesas em sapos e rãs repugnantes.
Um estudo recente parece mostrar que a paixão dura em média um ano e meio. Segundo o estudo, é nessa fase que o objeto do amor é perfeito, lindo, tudo o que um diz ou faz é maravilhoso. Depois dessa fase o castelo começa a desmoronar e, então, começamos a nos ver no outro (e vice-versa) sem o véu da ilusão, do encantamento, da anestesia. E o encantamento vai passando sendo substituído pelas projeções que nossa mente faz sobre o que nosso companheiro/a tem de pior (ou seja, o que temos de pior refletido nele ou nela).

Se esta carta encontrou eco em seu coração sugiro que faça o exercício que propomos durante 7 dias. Faça sempre ao acordar, sentado, tenha os pés apoiados no chão e as mãos apoiadas nas pernas. Feche os olhos, respire até sentir muita calma e pense na intenção do exercício: ver as pessoas e as situações como elas realmente são.
E veja, sinta, perceba ou imagine-se olhando para um espelho onde sua imagem está distorcida, embaçada, pouco nítida. Esta visão turva sobre si mesmo representa sua dificuldade de saber quem realmente é, por isso está confundida numa bruma de ilusões. Respire uma vez e imagine que seu terceiro olho (entre suas sobrancelhas) se abre e imediatamente a visão que tem de si no espelho se torna clara e límpida, sendo assim ajudada por seu Ser Superior a encontrar a verdadeira pessoa que é. Então, respire e abra os olhos.
- in Tarot do OSHO, http://somostodosum.ig.com.br/testes/tarotosho/

Sunday, February 28, 2010

Choras... ou DANÇAS a Vida?

Todas as pessoas têm, em si, todos os recursos que necessitam...! Este é um dos conceitos base da PNL (Programação Neurolinguística) e que mais impacto pode ter na Vida de alguém... assim que seja realmente integrado!

Paradoxalmente, é esse processo de integração uma das partes mais dificeis de fazer, pricipalmente quando se trata da "nossa" própria vida... porque, quando estamos a falar da dos outros, tudo é simples... tudo é "fácil" e temos todas as soluções...

Mas, é no paradoxo que expandimos a nossa zona de conforto e crescemos como pessoas e como seres!

Que fazes tu com os recursos que tens...? Choras porque querias mais e melhor... ou fazes tudo o que podes fazer com aquilo que tens?

Eis um pequeno exemplo... INSPIRADOR, no mínimo...



NunoQ

Sunday, February 21, 2010

Carácter...

Tenho o previlégio de morar junto ao Rio Douro e por isso venho, com certa regularidade até às suas margens para relaxar e “desligar” a ficha… passo horas a ver as gaivotas a mergulhar nos ares como que precipitadas repentinamente pela gravidade, sem controlo na queda… e recuperar o seu perfeito vôo a escassos centímetros da água… como se fosse fácil controlar uma queda daquelas… lembro-me e inspiro-me ao pensar no Fernão Capelo!
“Fernão Capelo gaivota”, “Jonhathan Livingston seagull”, foi um filme que mudou completamente a minha forma de olhar para cima e ver as gaivotas! Um dos raros casos em que, na minha opinião, o filme supera o livro! E o livro é excelente...!


Passo horas aqui, no meu carro, sentado a olhar para o nada… patos bravos… gaivotas… garças… pombas… palmeiras… encostas… pescadores… barquinhos de madeira… O RIO!Como disse, tenho o previlégio de morar junto ao rio e percorro muitas vezes a marginal para me deslocar para o trabalho, por isso, vejo, ouço, sinto e ligo-me ao seu carácter… à sua personalidade… comecei a escrever este artigo porque tive um insight… mais um dos vários que tenho quando simplesmente deixo de pensar e estou… simplesmente SOU!O rio douro, como todos os outros rios, é uma massa de água com milhares de quilómetros de extensão que parte de… um ponto de partida… e vai para… um ponto de chegada! Óbvio, certo? Tal como nós, que um dia nascemos e iniciamos a nossa jornada a que chamamos de Vida.

Nenhuma gotinha de água sabe, à nascente, qual é o seu destino, nem qual será a sua sorte… pode ser uma das gotinhas que irá regar um campo… pode ser uma das gotinhas que vai saciar a sede de algum animal, entre os quais, nós somos fortes candidatos… pode ser uma das gotinhas que vai esbarrar contra um pilar de betão de uma qualquer ponte e secar nas suas paredes… pode ser uma das gotinhas que chega ao mar e se mistura com outras gotinhas salgadas…O rio, esse, segue o seu percurso… há dias em que saio de casa e ele me acompanha castanho, cheio, forte, grosso, poderoso… nesses dias dá a sensação de estar “para poucas brincadeiras”… é o tipo de poder que vemos nas águas quando surgem calamidades entre nós! Nessas alturas percebemos a nossa dimensão no planeta e que “nada” somos na hora em que a Mãe Natureza resolve dizer “meninos, acabou a brincadeira! Vamos lá recomeçar tudo de novo!”.Há outros dias… em que o rio me recebe com o brilho mais incrivel! Parece que está a sorrir, a rir, orgulhoso, feliz, lindo, magnífico… tão calmo e tranquilo que se torna num belo espelho que ao pôr-do-Sol se veste de tons laranja e se transforma numa das mais belas paisagens que alguma vez vi!Hoje… ele está baço… transmite-me a sua sabedoria e serenidade… trás consigo pequenas ondulações que o tornam trémulo à primeira vista, mas que numa visão mais alargada se revela um cenário de movimento, acção, dinâmica… constante movimento. A mensagem é: “É precisa agitar as águas para criar mudança!

Tal como nós, também o rio tem a sua personalidade… o seu humor! Há dias em que acorda “bem disposto”, há outros dias em que acorda rabugento… mas pelo seu caminho rega campos, sustenta ecosistemas e contém Vida dentro de si! Independentemente de como acorda, o que o rio nos transmite a cada instante… é a calma e a sabedoria e a tranquilidade e a serenidade e a força e o poder e a energia de quem sabe o seu lugar e sabe o seu caminho e acima de tudo… sabe SEMPRE que vai!Como que indiferente às curvas, aos desvios, às pedras, às barreiras (barragens) que lhe aparecem no seu Caminho… sabendo que só o tempo lhe dará a força e revelará o seu carácter de seguir para onde quer seguir, deixando a sua marca de criação e renovação constante por onde passa. Se o rio Douro, por algum motivo, secasse amanhã… a marca do seu carácter ficaria e duraria séculos ou mesmo milénios! Mas o rio Douro precisou de outros tantos séculos para que essa marca ficasse…

Nós, por outro lado, temos “apenas” o nosso tempo… alguns ficam uns dias e partem… deixando a sua marca… outros estão por cá uns anos… outros ficamos por umas décadas… alguns, muito raros… passam por esta Vida e esta dimensão por mais de um século… a questão é: independentemente do tempo que cá passas… que marca estás a deixar na tua obra de arte a que chamamos VIDA? Que tipo de impacto estás a deixar e a criar nesta tua existência entre nós? Se a tua jornada terminasse amanhã… olharias agora para a tua Vida e dirias: “VALEU A PENA!”? É isso que cá fica depois de nós partirmos… tal como o leito seco do rio!

Saturday, February 20, 2010

Wednesday, February 17, 2010

Medo e Coragem

O que seria CORAGEM, se não houvesse MEDO?
Se todos tivessem o mesmo nivel de conforto a fazer tudo… onde caberiam os líderes, os inspiradores, os vencedores? será facil dizer que seria fantástico um mundo novo, onde não houvesse pobreza, doença, tristeza, saudade, desespero, MEDOS… seria mesmo?!?! seria inclusivamente possivel para o ser humano viver num ambiente desses? à dimensão que ocupamos…? não creio… mas esta é apenas a minha opinião.

Se não houvesse nada do que escrevi em cima… onde caberia o AMOR INCONDICIONAL às diferenças, o PERDÃO, a COMPAIXÃO, a DÁDIVA, a AJUDA, a MESTRIA, o ENSINAMENTO, a PARTILHA…? onde caberiam os nossos herois que nos inspiram a SER cada vez mais e maiores e melhores, do que NÓS PRÓPRIOS, a cada dia que passa? Aqueles que a NÓS, inspiram a querer AJUDAR cada vez mais pessoas e que colorem os nossos SONHOS de belos tons exóticos de mágicas paisagens e sons divinos e sensações e sentimentos magnânimes? Aqueles que fazem aquilo que nos parece SER impossível e nos mostram que afinal não é…?
Concordo com um amigo meu, quando diz que “O medo não é mais do que um amigo, aliás um grande amigo, que tem uma mensagem muito clara: avisa-nos para nos prepararmos para algo que vai acontecer!”


No entanto, ponho a pergunta: é sobre os nossos MEDOS que devemos trabalhar ou sobre a nossa CORAGEM?

MEDO vs CORAGEM?

O que será uma pessoa verdadeiramente corajosa? Será uma pessoa que perdeu o medo de morrer…? poderemos considerar aqueles imbecis (julgamento!:-)) que andam na estrada a conduzir de uma forma imprudente e perigosa, pondo, muitas vezes, a vida de outros em risco, pessoas verdadeiramente corajosas? será que um assaltante que pega numa arma enfrenta a policia, poderá ser considerado corajoso? ou esses são exemplos de pessoas que, de facto aparentam ter perdido o medo de morrer, mas que CORAGEM não é lá muito bem isso…?

Acredito que uma pessoa verdadeiramente corajosa, não é uma pessoa que NÃO sente medo. Todos nós temos os nossos, porque esse é o nome que damos ao limite que achamos que temos das nossas reais capacidades.
O que será então uma pessoa verdadeiramente corajosa…? que medo sente uma pessoa de verdadeira coragem?


Aristóteles disse: “Uma pessoa verdadeiramente corajosa, não é alguém que nunca sente medo, mas que sente a coisa certa, na altura certa, da forma certa.” Faz sentido!:-)

No fundo, podemos reduzir os medos, de uma forma geral, a uma palavra: impotência! o que mais congela as pessoas, no momento de agir é a impotência de fazer algo maior do que elas se acham capazes de fazer. Parece um pouco tótó, simples, mas pensemos… fará sentido? para uns sim, para outros não… como tudo, claro! Vejamos: medo de falar em publico, medo de não ser capaz, medo de não conseguir, medo de não ter dinheiro suficiente, medo de ficar doente, medo de ficar sozinho… na grande maioria dos casos que nos vão surgindo, no decurso dos nossos trabalhos e convivências, encontramos um denominador comum: impotência para fazer mais.

Soluções: aparentemente, alguns fogem da questão; outros vão de encontro a ela! uns cobrem um manto de vitimização, que os invade pelo silêncio do subconsciente; outros cobrem a capa da RESPONSABILIDADE e prometem a eles próprios que vão lutar até ao fim das suas forças para conseguirem o que querem, dê por onde der! Porquê as diferenças...? ... simplesmente porque sim! Tenho outro amigo que diz: “ser destemido é a única maneira de lidar com o medo, diferente dos restantes animais”. Há outra coisa que nos diferencia dos restantes animais: a opção de ESCOLHER!

As pessoas verdadeiramente corajosas não são imunes ao medo. Este simplesmente ocupa uma forma diferente nas suas vidas. Uma pessoa verdadeiramente corajosa, tem “medo” de não viver segundo os seus Valores e Ideais! de não aproveitar as oportunidades que a Vida lhe traz! De não SER TUDO O QUE PODE SER! Um Lider verdadeiramente corajoso, por exemplo, tem “medo” de ganhar liderança por imposição e domínio sobre os outros; de não extrair o melhor que os que o rodeiam têm em SI! Um Amigo verdadeiramente corajoso, tem “medo” de não estar na hora certa, no lugar certo com um ombro para o seu Amigo!

Podemos ESCOLHER SER tudo o que fomos “desenhados” para SER, da mesma forma que podemos escolher não ser, e ser apenas parte de tudo o que podemos SER, ainda que em muitos casos esta seja uma escolha inconsciente. Uma árvore não tem escolha, por isso CRESCE TUDO O QUE PODE CRESCER! o SER humano pode optar. Aqui entra a CORAGEM: para fazer essa opção, temos de ter a CORAGEM de assumir a RESPONSABILIDADE de controlar as nossas VIDAS! Ter medo de viver e lidar com as adversidades da Vida, parece um pouco como ter medo do escuro… basta que te levantes e acendas a Luz.

Quando EU era pequenino, acordava à noite, no escuro, e chamava a minha Mãe para me vir acender a Luz… Hoje, ajudo a acender a Luz de outros… fiz disso a minha Missão!

O que EU mais temo… o que realmente mais temo, é exemplificado pelo veados. Já viste imagens de um veado… no meio duma estrada florestal… no silêncio da noite… encadeado pelas luzes de um carro… e paralisado de medo… sem saber o que fazer…? O que eu mais temo é ser apanhado desprevenido dessa forma… apanhado pelo medo! (o resto, são apenas rótulos que “invento” para procrastinar). Para que isso não aconteça, trabalho na minha CORAGEM!

Cabe a TODOS NÓS, inspirar outros seres que nos rodeiam, para despertarem as SUAS CORAGENS e conseguirem SER TUDO O QUE PODEM REALMENTE SER!
- NunoQ

Monday, February 15, 2010

O livro que não lemos, não nos ajuda

Este espaço foi reservado para lhe falar de um livro mágico!

Uma história envolvente, que relata uma viagem alucinante, perigosa, linda e reveladora! O enredo é contado pelo nosso narrador, anónimo, que subentendemos como o autor do livro, e que nos leva a sentir como pessoal a sua experiência e nos permite vivenciar a sua aventura como nossa.
É um livro referenciado como uma das pedras basilares de quem entra no caminho do desenvolvimento espiritual e que, por isso mesmo, se torna de leitura obrigatória para os amantes da auto-descoberta. Mostra, de uma forma genial, como as coisas não são o que parecem e que há sempre algo mais para além daquilo que vemos com os nossos olhos. É uma espécie de “levantar o véu” do que está por trás do relacionamento interpessoal e, acima de tudo, o relacionamento intrapessoal – quiçá o mais complicado e complexo de todos! Quando o lemos pela primeira vez, abrimos as janelas dos nossos horizontes e ficamos com aquela sensação de alegria que “Afinal não sou só eu!”, que é extremamente reconfortante e motivadora!
Para os que já estão nesse caminho, esbarrar neste livro, é uma agradável surpresa e um interessante relembrar dos conceitos básicos de como as energias que nos rodeiam se relacionam, como isso nos influencia e como podemos tirar proveito das sincronicidades do dia-a-dia para nos orientarmos e darmos ainda mais sentido às “coisas que acontecem”.
A viagem começa numa “simples” conversa de café, onde nos são apresentadas as coincidências da Vida como algo mais do que meros acontecimentos aleatórios, sem causa ou razão aparente e que passam como que despercebidos no correr do nosso dia-a-dia, para ganharem uma nova dimensão, a quem lhes presta atenção. Meia dúzia de páginas à frente, encontramo-nos envolvidos numa perseguição, em plena Lima, capital do Peru, onde cada vez mais, essas sincronicidades ganham uma vida e um peso próprios e nos acompanham até ao final do livro, desfolhando uma série de revelações profundas, enigmáticas, transformadoras e poderosas que vão permitir ao leitor “desbloquear bloqueios” antigos e cristalizados no tempo.
Na viagem que nos leva de Lima até às ruínas Celestinas, vivemos emoções fortes, repensamos na Vida, reflectimos sobre nós, sobre os outros, sobre os relacionamentos; compreendemos perfis psicológicos, a nossa infância, a nossa maturidade; viajamos desde o início dos tempos, até ao mistério do desaparecimento da civilização Maia. Tudo isto em 9 insights, ou “revelações profundas”.
Comecei este artigo a dizer que lhe ia falar de um livro mágico! No entanto, a magia não está no livro! A magia deste livro descobre-se nas portas que se abrem na sua mente, quando se entrega às perguntas que se começam a formular à medida que vai penetrando na leitura o livro; aos pensamentos que vão varrendo a sua mente, quando passa a olhar essas coincidências, que já acontecem consigo, e que não têm tido a atenção que merecem.

O livro... é mágico! A magia está em si! Descubra-a! Descubra-se!

Falo da Profecia Celestina, de James Redfield... um livro que tem um lugar muito especial na minha Vida, pelo facto de, coincidentemente, me ter acompanhado em fases de grande transição na minha jornada. Recomendo! Lembre-se... o livro que não lemos, não nos poderá ajudar!
NunoQ
- artigo colocado no blog S-POWER club